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Correio da Educação

Correio da Educação

17 Mai, 2010

MatCampus 2010

MatCampus 2010 é uma actividade organizada pelo Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho, o Centro Internacional de Matemática (CIM) e pela Facultade de Matemáticas da Universidade de Santiago de Compostela (USC), com a qual que se quer aproximar a matemática à juventude portuguesa e galega entre os 16 e 17 anos (alunos de 11º ano em Portugal e de 1º de bacharelato na Galicia). Esta iniciativa, pioneira na Europa, desenvolver-se-á num ambiente único de intercâmbio cultural. (Min. Educação)

São um repositório genético único. Em Portugal, há pelo menos seis com dois milénios. Fomos conhecer aquela que é tida como a árvore mais velha do país.

Viu os mouros chegarem e instalarem-se por toda a Península Ibérica. Ouviu ao longe D. Afonso Henriques conquistar territórios e fundar um país, do Minho até Beja. Testemunhou, cerca de cem anos mais tarde, a derradeira expulsão dos mourosdo Algarve, o último pedaço a tornar-se Portugal. Aquela que é considerada a árvore mais antiga do país, uma oliveira, tem dois mil anos e foi plantada no tempo dos romanos, tinham eles chegado à Península Ibérica uns 200 anos antes. Tivesse Jesus Cristo andado no Algarve e podia tê-la conhecido. (Público)

Paulo Ferreira da Cunha*

 

 

“O livro há-de ser do que vai escrito nele”.

Bernardim Ribeiro, Menina e Moça

 

 

 

Mais um prefácio! – exclama o leitor. Que significará essa exclamação?

Há leitores deles curiosos. Outros abominam-nos.

Em geral, procura-se num prefácio não verdadeiramente um resumo da obra, nem a biografia e a bibliografia do autor (ou, eventualmente, do ou dos que motivam a mesma), mas algo mais pessoal ainda. Como que se espera a voz directa que se pode aí, e só aí, libertar do distanciamento necessário da ficção (sempre ficção, mesmo em ensaio ou tratado) firmada pelo pacto de leitura que se entretece com o leitor no corpo da obra – e que sempre obriga a maior decorum.

Curioso: quando o prefácio não é do próprio autor, dir-se-ia que o prefaciador, autor convidado em obra que não é sua, fica com permissão de dizer o que o autor não pode. Ou quiçá até outra coisa, diferente do que ele diria. Peso nada leve sobre os seus ombros.

*Paulo Ferreira da Cunha – Professor Catedrático de Direito da Universidade do Porto, Professor Catedrático Convidado de Direito da Universidade Lusófona; Colaborador especial do As Artes entre as Letras.

Trata-se de um jornal cultural, sob a direcção de Nassalete Miranda, cujo primeiro aniversário se celebra a 20 de Maio, pelas 18h30, na Biblioteca Almeida Garrett, Porto, com intervenções do Professor Salvato Trigo, do Dr. Miguel Veiga e da Dr.ª Nassalete Miranda.

17 Mai, 2010

De quem é a culpa?

Inês Silva*

 

O fim do Inverno foi abalado tragicamente por duas mortes nas escolas portuguesas: a de um professor e a de um aluno. Por bullying, diz-se. Portugal comoveu-se, revoltou-se e angustiou-se. Acompanhou com atenção as notícias na TV e nos jornais, ouviu psicólogos, pedopsiquiatras, professores, mães, pais, toda a gente e gente nenhuma. – De quem é a culpa? – Perguntava-se. – A culpa é da sociedade… – respondia-se. Lançaram-se flores ao rio. E a estação do Inverno fechou com a frase da senhora ministra da educação, a propósito das consequências que os alunos do professor que se suicidou ou dos meninos que perseguiam Leandro poderiam vir a sofrer: “A vida das crianças deve estar acima dos debates”.

* Inês Silva – Doutora em Linguística (Sociolinguística). Tem realizado estudos sobre a escrita dos alunos. É autora de várias publicações de carácter didáctico e de carácter linguístico. Na ficção, publicou o romance: A Casa das Heras. É docente no Externato Cooperativo da Benedita.

Lamego 29/06/1877 – Lisboa, 28/04/1941

 

Filho de Augusto de Matos Cid e de Maria Henriqueta de Costa Sobral Cid, José de Matos Sobral Cid matricula-se no Curso de Matemática da Universidade de Coimbra em 1892 e, em 1895, nos cursos de Filosofia e Medicina, obtendo o grau de Licenciado em 1901 e o de Doutor em 1902. Apesar de reconhecido pelos seus pares e professores, não encontra uma cátedra que se adeque à sua vocação psiquiátrica, sendo desviado para o ensino da Patologia, Obstetrícia e Medicina Legal. Nestes anos finais da Monarquia, constrói ligações com grupos republicanos, ocupando os lugares de deputado e de Governador Civil de Coimbra entre 1903 e 1904.


 

« CID, José de Matos SOBRAL, Augusto », Tiago Moreira, in António Nóvoa (dir.), Dicionário de Educadores Portugueses, Porto, Edições Asa, 2003: 211, com adaptações.

A herança que não tivemos

 

1. Ouve-se na argumentação política, frequentemente, que os nossos filhos verão o seu futuro hipotecado, atendendo ao elevado montante de dívidas com que o presente os está a sobrecarregar. Seriam as auto-estradas, os hospitais, o parque escolar, as barragens, e, porventura, os futuros TGV ou aeroporto.

E o cidadão comum fica perplexo, por vários partidos terem ocupado a cadeira do poder, nas últimas décadas, e por não entender quer o pensamento que terá estado por detrás da obra feita quer a origem dos dinheiros nela investidos.

No momento de pensar o futuro, alguns responsáveis políticos e culturais, recorrem às cores sombrias do presente para constituírem a síntese (des)motivante e (ir)realista da sua argumentação pontual. Além de miopia e injustiça sociais, tal “visão”, obscurece o presente, desvaloriza o passado e prejudica o futuro, deles, nosso e dos nossos filhos.

 

J. Esteves Rei - Professor Catedrático de Didáctica das Línguas e de Comunicação, na UTAD, Vila Real

 


Nome: Celestino José Fernandes da Silva

Habilitações: Mestrado

Disciplina: História

Escola: Universidade Porto


- O que é para si ensinar?

- Partilhar saberes na descoberta do conhecimento, promover competências e educar.

- O que é um manual da (s) sua (s) disciplina (s) bem conseguido?

É um manual rico de conteúdos, com imagens e documentos relacionados com a informação e com propostas de actividades.

 

- O que é hoje um docente realizado?

Um docente que entusiasma os seus alunos, os faz trabalhar para alcançarem as metas e objectivos propostos para a disciplina.

 

- Quais os vectores da profissão mais gratificantes? E os menos gratificantes?

- A possibilidade de contribuir para a formação de jovens. O comportamento dos alunos.

- Por que é Professor? Qual o porquê da sua opção profissional?

- Por ser uma saída profissional com perspectiva de emprego. Depois, por realização pessoal.

- Teve modelos como aluno (um professor, familiar…)? E como Professor? Como o (s) caracteriza

- Não. Os professores com competências em didáctica, e eruditos.

- Como quereria que os seus alunos o vissem?

- Como um profissional e uma referência da ética.

- Qual o livro que mais o/a marcou na vida? E na sua profissão?

- A Fabula de Veneza. História de Portugal, de Oliveira Marques.

 

- Qual o tipo de aluno mais interessante que encontrou? Poderia narrar algum episódio do seu relacionamento com um deles?

- Os alunos honestos e trabalhadores.

- Como gostaria de ver a classe dos professores?

- Respeitada.

 

- Que mensagem deixaria aos professores?

- União.