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Correio da Educação

Correio da Educação

 

* José Matias Alves




Muitos leitores já o fizeram, muitas vezes: colhem kiwis ainda relativamente verdes  (por alturas de final de Outubro) e colocam-nos  dentro de um saco de plástico. No meio dos frutos introduzem 4 ou 5 maçãs. Fecham o saco o melhor possível.  Ao fim de alguns dias, os frutos amadureceram em contacto com as maçãs e têm um maravilhoso sabor. O efeito deve-se às feromonas que têm as maçãs.

 


E, na esteira de Miguel Santos Guerra, também penso que esta influência da maçã é uma excelente metáfora do que deveria ser a direção de uma escola (e até poderíamos dizer, da direção de um país). Porque a direção deve ser uma força que consegue que as pessoas, que estão à volta de quem a exerce, acabem por amadurecer, por se transformar em algo de melhor e mais saboroso. Sem qualquer ruído, violência ou ameaça.


O dicionário define assim a palavra feromona: «substância química que, emitida em doses ínfimas por um indivíduo no meio exterior provoca nos congéneres reações comportamentais específicas». E a autoridade é, precisamente, isso (ou deveria ser): essa substância (quase) mágica que provoca o crescimento, o desenvolvimento das pessoas e das suas circunstâncias.


Precisamos de uma autoridade que nos faça ver. Que nos faça fazer querer. Que nos faça acreditar que podemos ser melhores. Que nos faça ultrapassar a miopia e a cegueira onde nos enredamos. Que nos faça agir no desafio, na exigência, na ultrapassagem dos rasteiros limites

 

* José Matias Alves é professor do Ensino Secundário, mestre em Administração Escolar pela Universidade do Minho, doutor em Educação pela Universidade Católica Portuguesa e professor convidado desta instituição.

 

* Teresa Martinho Marques

 

 

Poderia começar por dizer que não há receitas. Que cada contexto é um contexto específico. Que a primeira diferença nasce em cada um de nós pessoa, professor, em cada escola. Poderia dizer que o tempo é uma variável fundamental. Verdades incontestáveis. Mas preciso de dizer um pouco mais. Procuremos, então, alguns aspetos comuns das viagens. Pequenos exemplos e ideias soltas.

Há uma variedade imensa na quantidade, tipo e causas para os erros que os alunos cometem. Em Matemática, se não fosse às vezes triste... poderíamos sorrir com as variantes. Então, qual o interesse de ir ao quadro fazer a correção de um teste de forma distante, que parece servir a todos e não serve verdadeiramente a nenhum, que pouco lhes devolve de essencial e aborrece de morte os que têm tudo certo e são obrigados a copiar todas as respostas?

Os alunos podem e devem ser confrontados diretamente com os erros cometidos (chamo-lhes as consultas “médicas”). Nesses momentos ganhamos um conhecimento privilegiado sobre eles (erros e alunos). Se não individualmente, pelo menos em pequenos grupos. São momentos de crescimento para nós, também. Perceber a lógica de um erro novo que nunca observámos é ter a possibilidade de ajustar a forma como determinado conteúdo pode ser abordado de forma a evitar a confusão. Como? Se possível, criar um tempo de diálogo exterior à aula (como Estudo Acompanhado, um clube de apoio – aproveito frequentemente esse tempo de qualidade com eles para aprofundar a relação e o conhecimento das pessoas que todos são). Se não... então organizar o diálogo/correção em grupos autónomos, dispensando os alunos que não cometeram erros significativos (sempre que sinta que é mais vantajoso para estes organizarem autonomamente o trabalho que irão fazer na aula). Não é tão rico, mas é preferível à massa anónima da aula dirigida como orquestra em que todos tocam o mesmo instrumento.




* EB 2,3 de Azeitão e CCTIC – ESE/IPS: http://projectos.ese.ips.pt/cctic/ e  http://eduscratch.dgidc.min-edu.pt/

 

 

Cerca de três dezenas de alunos com um percurso escolar considerado irregular vão viver durante quatro dias no campus da Universidade de Aveiro, numa iniciativa destinada a combater o abandono escolar. Segundo António Neto Mendes, diretor do projeto, o objetivo é dar "motivação e entusiasmo" a jovens que podem estar a atravessar fases críticas na sua relação com a escola. (i online)

 

As autoridades da Catalunha pretendem aumentar o número de horas de aulas dos professores, de 23 para 24 horas no ensino geral e de 18 para 19 horas no ensino secundário. No entanto, o horário total continuará a ser de 37,5 horas por semana, sendo por isso reduzido o número de horas atribuído a outras tarefas docentes. As mesmas autoridades pretendem aumentar a idade com que os professores podem pedir reduções de horários de 55 para 59 anos. (El País)

 

A secretária municipal de educação do Rio de Janeiro, em visita à Escola Tasso da Silveira, em Realengo, onde ocorreu um massacre na passada quinta-feira, afirma que a instituição será reinventada. Claudia Costin afirmou que a instituição será reaberta na semana seguinte, e que pais, alunos e professores poderão ajudar nos trabalhos de pintura e outras melhorias. Haverá uma oficina de mosaico, será construído um aquário e haverá atendimento psicológico gratuito para funcionários e professores. (R7 - inclui infografia do crime)

 

 

 

A conhecida obra O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, foi traduzida para mirandês com o título L Princepico.
Maria José Pereira, das Edições ASA, explicou que o objetivo desta edição é, «por um lado, dar a conhecer a língua mirandesa, que as pessoa geralmente ouvem falar mas que não têm visto escrita e, por outro lado, tornar conhecidos os personagens numa outra versão».
A obra será apresentada no dia 15 de Abril no Instituto Franco-Português, em Lisboa, pelo tradutor Domingos Raposo, sendo também aberta ao público uma exposição de livros e objetos associados ao universo de «O Principezinho», pertencentes ao actor e apresentador Pedro Granger, admirador deste clássico da literatura francesa. (Sol)

 

 

 

Sendo 2011 o ano Internacional da Química, o jornal Ciência Viva examina alguns caminhos profissionais dentro desta área e qual a oferta educativa existente em Portugal. O artigo conta com testemunhos de especialistas e estudantes portugueses, que analisam o papel dos químicos e os cursos e oportunidades que se podem encontrar em Portugal. (Ciência Viva)

 

 

Um estudo espanhol, dirigido por Gonzalo Jover, da Universidad Complutense de Madrid, revela que, mesmo com a disseminação das novas tecnologias, as brincadeiras que exigem movimento, como as escondidas, ou relacionadas com o desporto continuam a dominar as atividades de recreio dos alunos dos 6 aos 12 anos. O estudo revela que entre os rapazes destas idades imperam os jogos com bolas de futebol ou outras e entre as raparigas predominam os jogos de movimento ou a socialização. (El País)