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Correio da Educação

Correio da Educação

 

Estudante de doutoramento

Ano da licenciatura: 2005

 

- Qual a sua actividade profissional mais gratificante já realizada?

Ensino da disciplina de Língua Portuguesa a alunos inscritos no designado ano “zero” da instituição de ensino superior, Jean Piaget.

 

- Para si, qual a chave para mudar a educação em Portugal?

Julgo que será fundamental uma espécie de regresso das designadas “Artes Liberais”, permitindo o regresso indispensável de uma composição disciplinar fulcral que garanta a formação e incorporação de uma visão de fundo aos saberes em aquisição durante o percurso escolar dos alunos. Portanto, julgo ser indispensável, para esse, efeito haver coragem política e governamental de modo a apostar em paradigmas sociais, económicos, culturais e educativos substancialmente distintos dos vigentes na actualidade, abdicando do exageradamente tecnológico em prol das promissoras estratégias interdisciplinares, nas quais as humanidades funcionam como o sustentáculo da reflexão e do pensamento.

- Qual o papel reservado aos professores nessa mudança?

Aos professores caberá, certamente, o desenvolvimento contínuo de uma sensível habilidade e ciência para aproximar e conferir sentido aos diferentes ramos do saber, enriquecendo, deste modo, as suas práticas pedagógicas e a aprendizagem dos seus alunos.

 

- O que guarda como melhor para a vida ou mais gratificante na lembrança do seu percurso escolar?

Fascinou-me sempre a bagagem científica revelada pelos meus professores, o seu intenso trabalho de pesquisa, que se adivinhava na exposição habilidosa e de um ou outro tema e que, por sua vez, me influenciou a querer saber e a investigar sempre mais.

 

- Como compara a Escola de hoje com a do seu tempo?

Julgo que a Escola actual, de modo injustificável, perde o seu tempo em procurar formas de motivar os seus alunos, em contrapartida com o meu tempo escolar, no qual eram, de facto, os alunos os responsáveis pela sua auto-motivação e rendimento escolares.

 

- Que conselho daria aos alunos de hoje? E aos professores?

Aos alunos aconselho a procura e compromisso de descoberta de motivações para o estudo. Uma vez que identificada a relevância pessoal da matéria ensinada pelas várias disciplinas, o aluno deve ser capaz de melhor rentabilizar o seu estudo e briosamente conquistar bons resultados.

Aos professores, dou semelhante conselho, considerando importante nos actuais cenários de ensino a posse de motivações claras e fortificadas que possam dirigir a actividade pedagógica e nela realizarem-se.

 

- Qual a disciplina de que gostou mais?

Português (A) e História

 

- Quando passou pela Escola, era uma boa aluna?

Fui uma boa aluna durante todo o meu percurso escolar.

 

- O que será hoje um bom aluno?

Hoje, um bom aluno será aquele que vai mais além do exigido pelos programas de ensino, conteúdos disciplinares ou pelo próprio professor. Se não for assim, infelizmente, um bom aluno nunca terá muitas oportunidades de brilhar, visto estar em baixo o actual nível de exigências escolares.

 

- Que mensagem deixaria aos professores deste país?

Coragem para trabalharem numa época esgotada quanto aos temas do ensino e da educação e esperança sobre um futuro próximo que não sobreviverá sem as acções e labores educativos.

 

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