17 Dez, 2010
Toadas de Natal (2)
ORAÇÃO DO DEUS MENINO
Era noite; e por encanto
Eu nasci, raiou o Dia.
Sentiu meu Pai que era Santo,
Minha mãe, Virgem – Maria.
Jaime Cortesão (Ançã, 1884-1960)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 185
NATAL … NA PROVÍNCIA NEVA
Natal… Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Fernando Pessoa (Lisboa, 1888-1935)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 188
A NOITE DE NATAL
Em a noite da Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos [brinquedos].
Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.
Mário de Sá-Carneiro (Lisboa, 1890-1916)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 201
CANÇÃO DA VIRGEM
Dorme, dorme, meu menino,
O meu menino Jesus…
Mas não abras tanto os braços,
Não sonhes já com a cruz.
António Ferro (Lisboa, 1895-1956)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 208
NATAL… NATAIS…
Tu Grande Ser,
Voltas pequeno ao mundo.
Não deixas nunca de nascer! […]
Humano o corpo e o coração divino.
Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?
Cabral do Nascimento (Funchal, 1897-1978)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.) Público, 05: 212
NATAL
Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha
deram-lhe o seu alento, o seu calor.
De palha o berço, mas também de Amor.
Desce luz, desce paz de cada telha.
Fernanda de Castro (Lisboa, 1900-1994)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 215
LITANIA DO NATAL
A noite fora longa, escura, fria.
Ai noites de Natal que dáveis luz,
Que sombra dessa luz nos alumia?
[………………………]
Ai dias de Natal a transbordar de luz,
Onde a vossa alegria?
José Régio (Vila do Conde, 1901-1969)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 216
Pelo Natal é o jogo dos pinhões,
A resinosa pinha na lareira,
abre, suando, e a pineno cheira.
Tomaz de Figueiredo (Braga, 1902-1970)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 229
Natal… Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Fernando Pessoa (Lisboa, 1888-1935)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 188
A NOITE DE NATAL
Em a noite da Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos [brinquedos].
Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.
Mário de Sá-Carneiro (Lisboa, 1890-1916)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 201
CANÇÃO DA VIRGEM
Dorme, dorme, meu menino,
O meu menino Jesus…
Mas não abras tanto os braços,
Não sonhes já com a cruz.
António Ferro (Lisboa, 1895-1956)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 208
NATAL… NATAIS…
Tu Grande Ser,
Voltas pequeno ao mundo.
Não deixas nunca de nascer! […]
Humano o corpo e o coração divino.
Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?
Cabral do Nascimento (Funchal, 1897-1978)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.) Público, 05: 212
NATAL
Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha
deram-lhe o seu alento, o seu calor.
De palha o berço, mas também de Amor.
Desce luz, desce paz de cada telha.
Fernanda de Castro (Lisboa, 1900-1994)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 215
LITANIA DO NATAL
A noite fora longa, escura, fria.
Ai noites de Natal que dáveis luz,
Que sombra dessa luz nos alumia?
[………………………]
Ai dias de Natal a transbordar de luz,
Onde a vossa alegria?
José Régio (Vila do Conde, 1901-1969)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 216
Pelo Natal é o jogo dos pinhões,
A resinosa pinha na lareira,
abre, suando, e a pineno cheira.
Tomaz de Figueiredo (Braga, 1902-1970)
Natal… Natais, Vasco Graça Moura (ant.), Público, 05: 229