Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correio da Educação

Correio da Educação

Lisboa, 08/08/1904 - 24/06/1991


Natural de Lisboa, Elina Guimarães é filha única de Vitorino Guimarães, militar e republicano convicto, combatente na Guerra de 1914-1918, deputado e um dos últimos primeiros-ministros da I República. Coerente com os seus ideais, exerce uma influência decisiva na formação humanista e política da filha: ensina-a a ler aos cinco anos, estimula-a a estudar e fomenta a crença na capacidade intelectual das mulheres, bem como a necessidade de lutar pela igualdade de direitos e oportunidades entre os sexos. Elina Guimarães estuda em casa, devido a problemas de saúde, travando conhecimento com o Dr. João Soares, pedagogo que marca a sua infância.

 

 

João Esteves, “GUIMARÃES da Palma Carlos, ELINA Júlia Pereira “, in António Nóvoa (dir.), Dicionário de Educadores Portugueses, Porto, Edições Asa, 2003, pp. 670-671, com adaptações.

1. Este título identifica uma série televisiva nacional, que entusiasmou os portugueses. Procurava colocar perante o público a realidade política e social do final do regime anterior, nos anos sessenta.

Foi uma ideia feliz, construída no princípio de que o passado pode ser portador de futuro quando criativamente revisitado. De uma forma ou de outra, o passado apresenta-se sempre prenhe de saberes, a investir em realizações futuras.

Tal como “futuro”, os termos “novo”, “re-novar”, “(re-)construir”… só se compreendem porque levam consigo a ideia oposta de passado. Muitos o esquecem, mergulhados no nosso tempo de projecto e de planificação. Um exemplo é a planificação da Casa da Música 2010, distribuída com o Público, 1 de Novembro de 2009


J. Esteves Rei - Professor Catedrático de Didáctica das Línguas e de Comunicação, na UTAD, Vila Real.

 

 

“O PÚBLICO antecipa as comemorações da comemoração do Centenário da República Portuguesa, lançando em banca a história e música do POETA DA REPÚBLICA. Descubra a importância de Guerra Junqueiro e da sua música e poesia, que ajudaram a criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República. Livro e Cds da autoria do Curso de Som e Imagem da Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa do Porto, sob coordenação e revisão científica de Henrique Manuel S. Pereira, no âmbito do Projecto ‘Revisitar/Descobrir Guerra Junqueiro’”.

 

À mocidades das escolas

Finis Patriae

 

Por terra, a túnica em pedaços,

Agonizando a Pátria está.

Ó Mocidade, oiço os teus passos!...

Beija-a na fronte, ergue-a nos braços,

Não morrerá!

 

Com sete lanças os traidores

A trespassaram, vede lá!. ..

Ó Mocidade!. .. unge-lhe as dores,

Beija-a nas mãos, cobre-a de flores,

Não morrerá!

 

Turba de escravos libertina

Nem ouve os gritos que ela dá ...

Ó Mocidade, ó louca heroína,

Pega na espada, arma a clavina,

Não morrerá!

 

Já desfalece, já descora,

Já balbucia... é morta já ...

Não! Mocidade, sem demora!

Dá-lhe o teu sangue ébrio d'aurora,

Não morrerá!

 

Rasga o teu peito sem cautela,

Dá-lhe o teu sangue todo, vã!

Ó Mocidade heróica e bela,

Morre a cantar!... morre ... porque ela

Reviverá!

 

Guerra Junqueiro

08 de Dezembro de 1890

 

O acto de escrever é fundamental nos nossos dias. A escrita está presente nos livros, nos jornais e revistas, nos cartazes publicitários, nas legendas dos filmes, nos e-mails, nos SMS, sendo que estes têm uma forma sui generis.

A escola tem como objectivo dar aos alunos competências para lerem e para comunicarem, por escrito, de forma correcta. Esta actividade de escrita deve ser diária e, no 1º Ciclo, ela deverá ser muito exigente porque a idade das crianças é óptima para memorizar/consolidar regras que, no futuro, evitarão o erro ortográfico. Aliás, verifica-se que muitos alunos chegam ao 2º Ciclo sem hábitos de leitura e com graves lacunas na escrita que, na maioria dos casos, resultam da pouca prática desses hábitos - ler e escrever – no 1º Ciclo.

 Marta Oliveira SantosLicenciatura em Filologia Românica; colaboradora de várias publicações.

 

Pág. 4/4