Régis Bonvicino
A proximidade do fim do século e também do fim do milénio não afeta, aparentemente, em nada a função da poesia no quadro geral das literaturas e das culturas. A poesia não tem, propriamente, uma função. Ela é inútil, não se constituindo em encargo ou serviço. Sua inutilidade atravessa regimes políticos diversos bem como diferentes economias. Regimes políticos totalitários têm, muitas vezes, o poder de explicitar a capacidade de resistência da poesia e dos poetas mas não chegam efetivamente a alterar a função da poesia.
In http://regisbonvicino.com.br / prosa crítica. Régis Bonvicino nasceu na cidade de São Paulo, em 25 de Fevereiro de 1955. Formou-se em Direito pela USP, em 1978. Estreou na imprensa, já como escritor, em 1975, no Jornal do Arena. Trabalhou como articulista do Jornal da Tarde, da Revista Isto é, e da Folha de S. Paulo até 1989. Entre suas participações em leituras de poesia, no âmbito internacional, destacam-se as atuações em Buenos Aires (1990); Miami (Miami Book Fair, 1992); Copenhague (1993); […]. Fez leituras em Iowa City (2000), com Michael Palmer, e em Chicago; participou do IV Encontro Internacional de Poetas de Coimbra (2001). Registe-se ainda a sua participação na Feira do Livro da Cidade do México (2004). Esteve em Santiago do Chile e Barcelona, em 2007, fazendo igualmente leituras. Em 2009, esteve na Penn: University of Pennsylvania, de Filadélfia, e em Poets House de Nova York.
Fundou, em 2001, e codirige, ao lado de Charles Bernstein, a revista Sibila, que, em 2007, tornou-se exclusivamente eletrónica : <http://www.sibila.com.br>.