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Correio da Educação

Correio da Educação

22 Jun, 2011

Ilustrar

* Inês Silva



Numa sessão de formação de professores de português num destes dias, partilhava-se a ideia de que era muito importante explorar as ilustrações dos livros junto dos alunos mais novos (1.º e 2.º ciclos). Na tarde anterior, e no lançamento de um livro infantil, ouvia-se a ilustradora dizer que sentiu muito medo ao ser confrontada com a realidade de ter de ilustrar uma história escrita por outra pessoa. “E se eu não conseguir representar o mundo que a autora imaginou, quando escreveu a história?”, disse ter pensado várias vezes.

 
A ilustração ganhou uma importância notória nas últimas décadas, no âmbito do livro infantil, o que leva a crer que, sem ilustração, o livro se torna mais aborrecido, mais difícil e que, por isso, não proporciona prazer. Não é verdade. A ilustração, de facto, integra a comunicação não verbal e, como tal, tem uma significação própria que proporciona percursos de leitura no âmbito da sua especificidade. É extremamente importante. No entanto, não substitui a história nem a verte plenamente.

 


* Inês Silva - Doutora em Linguística (Sociolinguística). Professora Adjunta convidada na Escola Superior de Educação de Santarém. Tem realizado estudos sobre a escrita dos alunos. É autora de várias publicações de caráter didático e de caráter linguístico. Na ficção, publicou o romance: A Casa das Heras.

Segundo o relatório PISA para os países da OCDE, são cerca de 31% o número de alunos mais pobres que conseguem obter os melhores resultados escolares.
Acima desta média encontram-se países como a Coreia do Sul, a Finlândia, o Japão, o Canadá e algumas regiões da China, como Xangai, Hong Kong, Macau e Singapura. Entre os países abaixo da média encontram-se a Alemanha, o Reino Unido ou a Dinamarca. (El País)