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Correio da Educação

Correio da Educação

 

 

O dicionário de língua portuguesa Houaiss poderá ser retirado de circulação no Brasil, em função de uma ação civil pública que acusa a publicação de difundir expressões preconceituosas a respeito da etnia cigana.
A ação teve início em 2009, quando um cidadão de origem cigana apresentou uma queixa junto ao Ministério Público Federal de Uberlândia, por este caracterizar a nomenclatura «cigano» como «aquele que trapaceia, velhaco», ainda que deixe expresso que é uma linguagem pejorativa.
Os responsáveis do dicionário consideram que os dicionários não «criam» termos na língua, mas refletem «como espelhos», as ocorrências da fala, sem ter a intenção de «atacar ou ferir» qualquer grupo. (CM)

A insegurança e casos de violência em contexto escolar motivaram os responsáveis de uma empresa do Porto a criar um curso de segurança pessoal para professores que registou a participação de quase duas dezenas de docentes. A maioria dos participantes foram professores em escolas do ensino básico e secundário e alguns já terão passado por situações complicadas na sala de aula.
A postura corporal, de autoconfiança e de autoridade, frases curtas e sem margem para discussões foram alguns dos aspetos mais abordados no curso. (Público)


 

* José Matias Alves

1) Sirva de referência e mote este exemplo triste:

Decreto Regulamentar nº 26/2012 de 21 de fevereiro
Nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 40.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003, de 27 de Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de Dezembro, 224/2006, de 13 de Novembro, 15/2007, de 19 de Janeiro, 35/2007, de 15
de Fevereiro, 270/2009, de 30 de Setembro, 75/2010, de 23 de Junho, e 41/2012, de 21 de fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

 

 

* José Matias Alves é investigador, doutor em Educação e professor convidado da Universidade Católica Portuguesa.

 

* Rosa Duarte

 

Escrever é dos atos mais abnegados que conheço. Deixamos de estar presentes no circuito diário e autossacrificamo-nos pela causa, entregando-nos à ausência física. Como um pretexto para não socializar. Para não estarmos, quando se trata de um ato cabal de entrega. Como também é o de pintar um quadro ou compor uma música ou decorar uma iguaria. Sempre observadores do fenómeno da existência, existindo para pensá-la e interpretá-la, num ângulo novo, com uma microcâmara cinematográfica apensa ao pensamento que vai viajando, registando e recriando todos os lugares e situações representadas na mente. Então dei por mim a pensar: como seria o cinema sem texto, o teatro sem texto, a conversa sem texto, a pessoa sem texto, o amor sem texto? Escrever um texto com maturação é um fenómeno de criação solitária. Muito gratificante, quando resulta em beleza e dignidade. Muito estruturante para a formação cultural de uma sociedade. Porque as palavras escritas são saboreadas pelos apreciadores como o mosto do bom vinho amiudamente corrigido com um açúcar que se quer finamente escolhido. As palavras são escolhidas, ajustadas, substituídas, retocadas, temperadas numa criatividade individual e aficionada. Mesmo num livro de coautoria. Contudo, há textos que não queremos partilhar, o que pode significar que ainda não estamos preparados para os expormos, por causa do assunto ou por outro motivo, sobretudo a um grupo alargado de pessoas ou mesmo ao público anónimo. Ou que iremos simplesmente retocá-lo um dia. Contudo, quando escrevemos e sentimos a nossa escrita como uma conversa bem conduzida ou uma história empolgante ou uma experiência reflexiva, queremos partilhar o nosso ponto de vista pela interpretação que apresentamos sobre uma realidade, e a nossa vontade é que todos acedam a esse escrito de modo fácil e voluntário. Sem pressões nem condições. Ouvindo/lendo com possibilidade de comentar. Para o autor, é agradável receber algum «feedback» de quem lê, mesmo que de forma muito apressada ou desprendida.

 

* Professora do Ensino Secundário                                                                                       

O Conselho Nacional de Educação recomenda ao Governo que, no âmbito da revisão curricular para o ensino básico e secundário, assegure um tempo próprio de Formação Cívica. A recomendação é feita num parecer sobre a «Proposta de Revisão da Estrutura Curricular para o Ensino Básico e Secundário» aprovado em sessão plenária e elaborado a pedido do Ministério da Educação e Ciência. (TVI)

Entre 17 de Março e 1 de Abril decorre no Museu Nacional de História Natural e da Ciência uma Oficina da Fotografia de Objetos de História Natural.

 

Fotografar objetos de história natural, quer para catalogação ou ilustração científica, quer para fins estéticos e decorativos, implica o conhecimento e a correta utilização de técnicas e materiais de fotografia de estúdio, bem como técnicas específicas de fotografia de cada objeto em causa.


O curso decorre aos sábados e domingos, das 10h às 17h.
 

Informações e inscrições até ao dia 13 de Março para o Museu Nacional de História Natural e da Ciência: 213921808 ou geral@museus.ul.pt

 

Mais pormenores: http://fotografiahistorianatural.blogspot.com/

Cerca de 2400 técnicos dos Centros Novas Oportunidades já perderam ou poderão estar em vias de perder o emprego, alerta o presidente da Associação Nacional de Profissionais da Educação e de Formação de Adultos.
Este dirigente lembra que, desde o final de Dezembro, pelo menos 116 centros já fecharam portas: 51 afetos ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, 20 ligados ao Ministério da Educação e Ciência e 45 que não se candidataram a financiamento. A estes irão juntar-se os mais de 100 a quem foi recusado financiamento, em Janeiro. (Público)

Entre quinta-feira e sábado, a Póvoa de Varzim torna-se o epicentro da literatura nacional com o Correntes d'Escrita. Um festival que celebra os livros e os escritores de língua portuguesa e castelhana.
O escritor brasileiro Rubem Fonseca é o nome em destaque este ano, participando numa mesa redonda com o ensaísta Eduardo Lourenço e as escritoras Hélia Correia e Ana Paula Tavares. (DN)

As novas regras para a avaliação dos professores, aprovadas em Conselho de Ministros em Dezembro de 2011, entram em vigor após a publicação, a 21 de Fevereiro, em Diário da República.
Na justificação publicada em Diário da República indica-se que o novo modelo de avaliação dos professores se pretende "orientado para a melhoria dos resultados escolares" e para a "diminuição do abandono escolar". (CM)

Algumas das alterações propostas pelo Ministério da Educação e Ciência aos concursos de professores estão a ser contestadas por docentes e sindicatos. Um dos aspetos mais polémicos é a possibilidade de os docentes de escolas privadas com contratos de associação poderem concorrer em pé de igualdade a lugares de quadro com professores contratados do público. Muitos docentes temem ser ultrapassados, uma vez que, para ser primeira prioridade no concurso, passa a ser preciso ter dado aulas "com horário anual e completo em quatro dos seis anos letivos" anteriores. (CM)

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