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Correio da Educação

Correio da Educação

Um estudo da organização brasileira Todos Pela Educação indica que as reprovações afetam todo o percurso escolar dos alunos reprovados. Os estudantes foram separados em dois grupos. Um era composto por alunos com a idade regular, o outro era composto por alunos adiantados ou atrasados em relação à idade normal. Ao comparar as notas dos dois grupos, os investigadores descobriram que quem repetira o ano não conseguia alcançar as notas dos colegas. (Época)

«O bom ensino, especialmente aquele que envolve tecnologias em desenvolvimento, muitas vezes requer bons conselhos. Que surgem de seguida, com as três dicas propostas.

1. Faça uma planificação atempada

É preciso delinear uma estratégia consistente para implementar as novas tecnologias numa escola. E é fundamental que os professores estejam integrados nesse planeamento.

As escolas têm que, acima de tudo, de ponderar como será usada a tecnologia, que tecnologia será usada, e como irá contribuir para uma melhor gestão do tempo.

2. Tente algo novo

Substituir um material utilizado pela tecnologia não chega. Inove, faça com que os novos meios acrescentem algo aos alunos, mas, claro, sem esquecer os seus objetivos iniciais.

3.Torne-se um designer do ensino

Com o avanço da tecnologia, também os professores têm de evoluir.
Bob Wise defende que "nos últimos 100 anos, os professores têm sido essencialmente os 'sábios em palco' – os únicos pontos de acesso ao conhecimento. Mas agora são mais parecidos com designers, já que podem escolher e desenvolver os tipos de conteúdos a que os seus alunos têm acesso e que tecnologias devem usar”.

Além disso, Wise advoga que os professores agora têm formas mais rápidas de avaliar os resultados dos seus alunos: “os professores agora têm ferramentas que lhes permitem perceber que este aluno precisa desta ajuda particular e aquele outro aluno precisa de um tipo de apoio diferente.”»

 

(Tradução adaptada do artigo de Laura McMullen, 3 Tips on Integrating Technology in the Classroom. Publicado originalmente em http://manualescolar2.0.sebenta.pt

O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, afirmou que a Inspeção Geral de Educação e Ciência está a investigar os casos em que alegadamente foram cometidas irregularidades na seleção de professores que concorreram às chamadas “ofertas de escola”.
Segundo determina a lei, a seleção deve resultar da ponderação da graduação profissional dos candidatos, mas nos blogues de educação têm vindo a multiplicar-se as denúncias de diretores que alegadamente continuam a condicionar o concurso, colocando entre os subcritérios fatores muito específicos, como ter dado aulas naquele exato estabelecimento de ensino, ter trabalhado numa escola TEIP e ter dado aulas a alunos de língua estrangeira. (Público)

«(...)O nosso país tem seguindo, desde o fim dos anos sessenta do século passado, uma prática política de eliminação progressiva de vias profissionais autónomas antes do 9.º ano, tendo seguido um percurso errático e pouco amadurecido sobre o que fazer no 3.º ciclo, diante do facto indesmentível (mas que a cegueira ideológica de muitos não quer ver) de que oferecer o mesmo “menu” educativo a todos, entre os 13 e os 15 anos, não pode corresponder a oferecer o melhor a cada um. Criaram-se Vias Opcionais do Ensino Vocacional, no 9.º ano, a Educação Tecnológica, os Currículos Alternativos, os Cursos de Educação e Formação, entre outras medidas. Agora surge também e de novo o “ensino vocacional” no 3.º ciclo, apresentado como a penalização para os alunos com mais reprovações na sua trajetória escolar anterior.

As práticas de colocar a 5 de Outubro e o Diário da República a resolver os problemas de aprendizagem dos alunos das nossas escolas são, também elas, históricas e remontam às piores tradições jacobinas, burocráticas e centralizadoras da nossa administração pública. Além da dissipação estúpida de energias e de inestimáveis recursos comuns, esta prática ainda mais neutraliza e gera inação entre os professores a nas direções das escolas; eles e elas é que têm de reunir, debater, decidir, implementar e avaliar; eles e elas é que sabem, eles é que são os profissionais competentes para o fazer. Os professores, reunidos nos competentes órgãos de gestão pedagógica das escolas, em cooperação com os atores sociais mais adequados, a começar pelas famílias, deverão ter a liberdade de decidir o que fazer em cada caso.

Esta mania é desastrosa, além de estúpida; que sabe a 5 de Outubro sobre se a melhor proposta educativa, em cada caso, é um “ensino vocacional” para um trirepetente ou um currículo alternativo, se é um curso de padeiro ou de canalizador no 8.º ano ou no 9.º ano, se é um tempo de apoio especializado num “ninho”, como se faz no programa Fénix, ou a deslocação temporária para uma “turma mais”, de reforço educativo especializado, ou um apoio específico da EPIS e de mediadores familiares, tudo devidamente construído e sancionado pelo Conselho Pedagógico? Sim, sobre isto, que sabe a 5 de Outubro?

Perdemos, umas atrás das outras, as oportunidades para reforçar a autonomia das nossas escolas e para exigir a dedicação e o brio profissional aos nossos professores. Eles é que têm de saber, diante de normas nacionais gerais de gestão curricular, o que fazer em cada caso e em cada escola e concelho, em cooperação estreita com as famílias e em articulação com outros atores locais, como ocorre em qualquer tribunal, hospital e empresa (onde o ministro respectivo não decreta o modo de julgar ou curar ou competir em cada caso…). Desautorizamos, ano após ano, tomando este tipo de medidas, os órgãos de gestão pedagógica das escolas, eles que deviam responder publicamente pelos gigantescos recursos financeiros e técnicos que são, por nós contribuintes, colocados nas suas mãos. (...)» (http://terrear.blogspot.pt/)

A PSP deteve no passado ano letivo 74 pessoas,35 por tráfico de droga e apreendeu 142 armas no âmbito do programa Escola Segura, que completa 20 anos de existência, indicam dados daquela força de segurança.
Foram ainda registadas 3222 ocorrências, tendo ainda sido contabilizados 241 furtos. A Polícia de Segurança Pública realizou 6704 ações de sensibilização em escolas, sendo a maioria das iniciativas sobre prevenção rodoviária, álcool e drogas, bullying e delinquência juvenil. (DN)

Os diretores escolares consideram que o ano letivo abriu com normalidade, embora lamentem os problemas técnicos associados à burocracia na colocação de professores, alguns ainda por resolver.
A abertura oficial do ano letivo decorreu na semana passada no ensino pré-escolar, básico e secundário, envolvendo quase dois milhões de alunos, incluindo os adultos em atividades de educação e formação, de acordo com as estatísticas de 2010-2011, os números mais recentes que o Ministério da Educação divulga. (Público)

17 Set, 2012

As regras P.C.P.

 

 

* José Matias Alves

No processo de escolarização há três regras fundamentais que importa considerar e fazer com que sejam adotadas: são as regras P.C.P., i.e., Persistência, Consistência e Previsibilidade.

A persistência tem a ver com a determinação no cumprimento das tarefas, com o sentimento de não desistir, com o desenvolvimento da capacidade de auto-organização. A vida escolar está cheia de obstáculos de natureza diversa. Persistir nas tarefas é ser resiliente, é alcançar os objetivos, é melhorar a autoestima, é aumentar as probabilidades de sucesso.

 

 

 

* José Matias Alves é investigador, doutor em Educação e professor convidado da Universidade Católica Portuguesa.

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