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Correio da Educação

Correio da Educação

«(...) O debate atual está marcado pela preocupação de reduzir a despesa pública mas distante do problema da qualificação dos portugueses. Podemos até duvidar que os objetivos a que se referem os quatro indicadores apresentados façam ainda parte da agenda política. Podemos perguntar-nos porque não se debate como é que, com os atuais problemas financeiros, vamos conseguir concretizar a escolaridade obrigatória de 18 anos ou como vamos renovar as oportunidades de formação para os adultos.

Os dois tópicos que dominam o debate público são os da transferência da prestação do serviço público para instituições privadas e da transferência de parte da despesa de educação para as famílias. Os argumentos usados sublinham que a despesa é muito elevada, sobretudo na escola pública, e que esta poderia ser reduzida com a gestão privada das escolas ou com o aumento da participação financeira das famílias. O que mais surpreende nesta discussão é a forma como são ignorados os factos, a informação disponível, o conhecimento sobre os problemas e a experiência doutros países. Mas surpreende também a ausência de discurso político sobre os grandes objetivos estratégicos da educação e a forma de os atingir na atual situação de crise económica e financeira.(...)» (Público)

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que vai apresentar «até fevereiro» medidas que visam cortar quatro mil milhões de euros na despesa. Na Educação reafirmou que irá «explorar margens» para «o financiamento entre cidadãos e Estado», apesar de lembrar que já existe um "esforço" das famílias no pagamento do material escolar (cerca de 50 euros por aluno) "não coberto pela ação social". (CM)