* José Matias Alves Reforçar o tempo prescrito para a lecionação das disciplinas fundamentais; reforçar as horas nas disciplinas da tradição escolar; valorizar (supostamente) o conhecimento social e humano; reforçar a carácter transversal da educação para a cidadania; promover o rigor na avaliação obtendo dados fiáveis sobre a aprendizagem e transformar as provas aferidas do 4.º ano em exames com impacto nos resultados dos alunos; prestar maior acompanhamento aos alunos; (...)
* José Matias Alves 1) Sirva de referência e mote este exemplo triste: Decreto Regulamentar nº 26/2012 de 21 de fevereiro Nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 40.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003, de 27 de Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de (...)
* José Matias Alves Um dos mais interpelantes desafios que se coloca ao desenvolvimento da educação portuguesa – o mesmo é dizer: à aprendizagem de todos aqueles que se deseja constituam as comunidades educativas – é saber agir nos nós das redes que possam elevar os patamares de aprendizagem individual e coletiva. Seguindo de perto Bolívar (2012), citemos os sete fatores que estão por detrás de melhorias sustentáveis: ( Leitura integral (...)
* José Matias Alves Há mais de 20 anos que se vem reiterando a vontade política do ensino profissional mobilizar 50% dos alunos que frequentam o ensino secundário. No contexto de uma escolarização obrigatória durante 12 anos, torna-se mais premente revisitar este tópico e perceber por que motivo tem sido impossível atingir esta meta. A razão maior é simples: não se tem atingido esta meta porque o ensino profissional não tem valor social, empresarial, familiar para atrair (...)
* José Matias Alves Está em curso mais uma reforma curricular. Mais hora ou menos hora. Tira aqui e coloca ali. Reforçando a visão disciplinar do conhecimento. Decretando que os conhecimentos mobilizáveis para agir, conhecer, intervir e transformar o mundo e dar sentido à vida não têm dignidade curricular. Só o conhecimento puro (mesmo que seja o sistema nervoso da mosca que para “nada” serve) é que importante. Está em curso uma suposta mudança de paradigma. Mas (...)
* José Matias Alves Continuamos a viver num sistema marcado por várias ilusões: a ilusão do comando e do controlo, a ilusão do poder dos decretos e do diário de república (vasto cemitério de leis); a ilusão das lideranças heroicas, salvíficas e solitárias; a ilusão da comunidade educativa; a ilusão dos projetos, planos e programas. Nesta crónica defendemos a tese de que quando há um excesso de planificações, planos e projetos a realidade tende a ficar muito aquém do (...)
* José Matias Alves Todos conhecemos alunos que não queriam ir para a escola: porque as matérias nada lhes diziam, porque as aulas eram uma seca, porque precisam de biscatar para ajudar a família, porque e porque. Começam agora a surgir os alunos que não querem sair da escola. Que adiam a conclusão do 12.º ano, que deixam deliberadamente uma disciplina para trás, ou a prova de aptidão profissional. Mesmo quando expectavelmente, no caso dos cursos profissionais, podem ter (...)
* José Matias Alves Dizia Roland Barthes, o célebre linguista e semiólogo francês precocemente desaparecido, na sua luminosa Lição, que há uma idade em que se ensina o que se sabe. É a tarefa comum dos que estão incumbidos da função docente: passar às novas gerações o património de valores, conhecimentos, técnicas, artes, culturas; ensinar as teorias, os métodos, as leis, os códigos, os factos; ensinar o que já se descobriu, o que já se inventou. Mas vem em seguida (...)
* José Matias Alves Começou mais um ano letivo. Com o problema da avaliação adiado, com algumas confusões na colocação de docentes, com uma significativa diminuição de professores colocados, com promessas (inúteis) de voltar a mexer em programas e de mais exames a contar para a nota e para a passagem de ano. Aparentemente, foi um recomeço marcado por mais (...)
* José Matias Alves Chegamos ao merecido tempo de férias, com uma crise financeira e económica grave, com ameaças sérias de agitação social, com nuvens sombrias nos horizontes que respiramos. No campo educativo, chegamos com alguns sinais paradoxais, diversas incógnitas que o tempo a vir elucidará. Quero aqui enunciar a necessidade de um tempo de alento e de esperança. Alento e esperança na capacidade das escolas e dos professores, no poder mobilizador das lideranças (...)