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Correio da Educação

Correio da Educação

* José Matias Alves Não há dúvida de que a aprendizagem escolar exige trabalho, método, perseverança. E também não há dúvida de que a motivação não se prescreve, mas antes se gera através das práticas educativas que se desencadeiam no contexto escolar. Para que o trabalho individual que o aluno realiza se constitua como fator de motivação, importa considerar as seguintes variáveis: i) Que as tarefas, os temas e os problemas sejam relevantes para a vida presente ou (...)
* José Matias Alves   Hoje, sustento a tese de que a realidade não é independente do sujeito que a observa e cria. Até certo ponto, a realidade é uma (re)criação do sujeito, é o que pensamos que ela é. Porque, em larga medida, nós agimos em função do que pensamos (e do que sentimos). E quando olhamos para a escola, o que é que nós vemos? O que é que nós pensamos? O que é que nós sentimos? Que atitude e disposição assumimos? Teremos, certamente, razões para vermos a (...)
  * José Matias Alves     Vivemos num tempo triste de excesso de retórica, de hipocrisia, e de mentiras. Num tempo de pobreza de práticas de honradez, verticalidade e de verdade. Num tempo de manipulação de números, de usura, de desigualdades, de corrupção moral e ética. Vivemos na periferia da cidadania crítica, nas margens da lucidez e da exigência. Numa agonia deprimente. Vivemos um tempo de (novas) escolhas. E que deveria ser, acima de tudo, um tempo de exigência. Uma (...)
  * José Matias Alves Muitos leitores já o fizeram, muitas vezes: colhem kiwis ainda relativamente verdes  (por alturas de final de Outubro) e colocam-nos  dentro de um saco de plástico. No meio dos frutos introduzem 4 ou 5 maçãs. Fecham o saco o melhor possível.  Ao fim de alguns dias, os frutos amadureceram em contacto com as maçãs e têm um maravilhoso sabor. O efeito deve-se às feromonas que têm as maçãs.   E, na esteira de Miguel Santos Guerra, também penso que (...)
  * José Matias Alves   Desde há 3 anos que a avaliação do desempenho dos docentes tem estado sempre no centro da agenda e da turbulência educativa. Porque era impossível (como tive oportunidade de dizer e demonstrar), porque era burocrática e monstruosa (também por responsabilidade das próprias escolas), porque era um instrumento de persecução de autoridades que o não sabiam ser, porque minava os modos de ser professor, porque requeria um excessivo tempo (que era roubado ao (...)
  * José Matias Alves     Vivemos um tempo difícil e complexo.  Ser professor é cada vez mais exigente num contexto em que muitos alunos não veem o sentido da escola, nem sequer as promessas que a tornariam suportável. Em que algumas (muitas?) famílias têm dificuldade em valorizar a escola por palavras e atos, arruinando assim muito do esforço desenvolvido pelos professores. E no campo especificamente laboral, muito tempo perdemos com enredos normativos e  burocráticos que (...)
  * José Matias Alves Quase toda a gente sabe que o modelo de organização escolar tem prestado relevantes serviços à sociedade e às pessoas. Mas, nas últimas décadas, com a escolarização de massas, tem tido dificuldade em cumprir as promessas consagradas nas leis, com destaque para a promessa da igualdade de oportunidades de acesso, de sucesso e de usufruto dos bens educacionais. Enquanto não temos um modelo alternativo de escolarização temos de procurar renovar o que (...)
  * José Matias Alves     Pode alguém ser quem não é? Pode um professor ser tudo? Um ser que instrui, cuida, socializa, e estimula? Que guarda e toma conta? Que é amigo, irmão, pai e mãe? Psicólogo, sociólogo, assistente social? Pode alguém ser quem não é? Evidentemente que não. O professor não pode ser tudo o que se lhe está a exigir. Porque não sabe. Porque não pode. Porque neste excesso impossível de ser, corre o risco de não ser o essencial: ser professor. E ser (...)
  *José Matias Alves     Desde sempre que a avaliação do desempenho pelos pares foi uma questão difícil. Tão difícil que alguns professores preferiam que fosse realizada por agentes externos ligados à inspeção e/ou ao Ensino Superior.   Há uma legião de argumentos de diversa natureza: os critérios de nomeação dos relatores não são claros; há relatores menos qualificados academicamente do que os professores observados; há falta de formação específica para o (...)