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Correio da Educação

Correio da Educação

    * José Matias Alves É recorrente a ideia que emerge da investigação: as escolas têm uma identidade, um ethos que envolve e alimenta a ação de generalidade das pessoas. A identidade é uma marca cultural poderosa que regula de modo invisível a ação das pessoas que trabalham na escola. E é ainda um poderoso fator de valorização, credibilidade e procura social. A identidade de uma escola decorre de muitos detalhes: tem a ver com a forma como organiza
    * José Matias Alves   Como se sabe, a pedagogia requer a capacidade de ver o nosso próximo, de reparar, de reconhecer, de intervir. De ver os alunos, nas suas singularidades e diferenças, de os conhecer nos seus talentos, nos seus limites, nas suas necessidades. Mas de ver também os professores, exatamente nas mesmas dimensões para que se constitua e desenvolva (...)
* José Matias Alves Reforçar o tempo prescrito para a lecionação das disciplinas fundamentais; reforçar as horas nas disciplinas da tradição escolar; valorizar (supostamente) o conhecimento social e humano; reforçar a carácter transversal da educação para a cidadania; promover o rigor na avaliação obtendo dados fiáveis sobre a aprendizagem e transformar as provas aferidas do 4.º ano em exames com impacto nos resultados dos alunos; prestar maior acompanhamento aos alunos; (...)
* José Matias Alves   Vivemos tempos críticos. De uma incerteza, de uma errância, de uma deriva, de um desnorte aflitivo. Tempo maquinal. De uma desvinculação, de uma apatia, de uma resignação que será o nosso fim. Como professores agindo em organizações educativas de rosto humano. Como autores de novos mundos. Como geradores de esperança num futuro um pouco melhor.   Movimentos de agregação de escolas e agrupamentos à margem da lei, sem critério organizacional, (...)
  * José Matias Alves 1) Sirva de referência e mote este exemplo triste: Decreto Regulamentar nº 26/2012 de 21 de fevereiro Nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 40.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003, de 27 de Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de (...)
* José Matias Alves Um dos mais interpelantes desafios que se coloca ao desenvolvimento da educação portuguesa – o mesmo é dizer: à aprendizagem de todos aqueles que se deseja constituam as comunidades educativas – é saber agir nos nós das redes que possam elevar os patamares de aprendizagem individual e coletiva. Seguindo de perto Bolívar (2012), citemos os sete fatores que estão por detrás de melhorias sustentáveis:   ( Leitura integral (...)
* José Matias Alves   Há mais de 20 anos que se vem reiterando a vontade política do ensino profissional mobilizar 50% dos alunos que frequentam o ensino secundário. No contexto de uma escolarização obrigatória durante 12 anos, torna-se mais premente revisitar este tópico e perceber por que motivo tem sido impossível atingir esta meta. A razão maior é simples: não se tem atingido esta meta porque o ensino profissional não tem valor social, empresarial, familiar para atrair (...)
  * José Matias Alves   Está em curso mais uma reforma curricular. Mais hora ou menos hora. Tira aqui e coloca ali. Reforçando a visão disciplinar do conhecimento. Decretando que os conhecimentos mobilizáveis para agir, conhecer, intervir e transformar o mundo e dar sentido à vida não têm dignidade curricular. Só o conhecimento puro (mesmo que seja o sistema nervoso da mosca que para “nada” serve) é que importante. Está em curso uma suposta mudança de paradigma. Mas (...)
  * José Matias Alves Continuamos a viver num sistema marcado por várias ilusões: a ilusão do comando e do controlo, a ilusão do poder dos decretos e do diário de república (vasto cemitério de leis); a ilusão das lideranças heroicas, salvíficas e solitárias; a ilusão da comunidade educativa; a ilusão dos projetos, planos e programas. Nesta crónica defendemos a tese de que quando há um excesso de planificações, planos e projetos a realidade tende a ficar muito aquém do (...)
* José Matias Alves Todos conhecemos alunos que não queriam ir para a escola: porque as matérias nada lhes diziam, porque as aulas eram uma seca, porque precisam de biscatar para ajudar a família, porque e porque. Começam agora a surgir os alunos que não querem sair da escola. Que adiam a conclusão do 12.º ano, que deixam deliberadamente uma disciplina para trás, ou a prova de aptidão profissional. Mesmo quando expectavelmente, no caso dos cursos profissionais, podem ter (...)