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Correio da Educação

Correio da Educação

  * José Matias Alves   Dizia Roland Barthes, o célebre linguista e semiólogo francês precocemente desaparecido, na sua luminosa Lição, que há uma idade em que se ensina o que se sabe. É a tarefa comum dos que estão incumbidos da função docente: passar às novas gerações o património de valores, conhecimentos, técnicas, artes, culturas; ensinar as teorias, os métodos, as leis, os códigos, os factos; ensinar o que já se descobriu, o que já se inventou. Mas vem em seguida (...)
* José Matias Alves   Como se sabe, há vários conceitos, tipos e perfis de liderança. Nas organizações escolares é relativamente consensual a vantagem da existência de uma liderança transformacional e inspiradora, que combata a ameaça da balcanização, da desconexão e as múltiplas forças centrífugas. Mas nas escolas também podem existir lideranças tóxicas. As lideranças tóxicas podem seguir o seguinte padrão: ( Leitura integral (...)
13 Out, 2011

Tempo de Recomeçar

  * José Matias Alves   Começou mais um ano letivo. Com o problema da avaliação adiado, com algumas confusões na colocação de docentes, com uma significativa diminuição de professores colocados, com promessas (inúteis) de voltar a mexer em programas e de mais exames a contar para a nota e para a passagem de ano. Aparentemente, foi um recomeço marcado por mais (...)
* José Matias Alves   Chegamos ao merecido tempo de férias, com uma crise financeira e económica grave, com ameaças sérias de agitação social, com nuvens sombrias nos horizontes que respiramos. No campo educativo, chegamos com alguns sinais paradoxais, diversas incógnitas que o tempo a vir elucidará.   Quero aqui enunciar a necessidade de um tempo de alento e de esperança. Alento e esperança na capacidade das escolas e dos professores, no poder mobilizador das lideranças (...)
* José Matias Alves Não há dúvida de que a aprendizagem escolar exige trabalho, método, perseverança. E também não há dúvida de que a motivação não se prescreve, mas antes se gera através das práticas educativas que se desencadeiam no contexto escolar. Para que o trabalho individual que o aluno realiza se constitua como fator de motivação, importa considerar as seguintes variáveis: i) Que as tarefas, os temas e os problemas sejam relevantes para a vida presente ou (...)
* José Matias Alves   Hoje, sustento a tese de que a realidade não é independente do sujeito que a observa e cria. Até certo ponto, a realidade é uma (re)criação do sujeito, é o que pensamos que ela é. Porque, em larga medida, nós agimos em função do que pensamos (e do que sentimos). E quando olhamos para a escola, o que é que nós vemos? O que é que nós pensamos? O que é que nós sentimos? Que atitude e disposição assumimos? Teremos, certamente, razões para vermos a (...)
  * José Matias Alves     Vivemos num tempo triste de excesso de retórica, de hipocrisia, e de mentiras. Num tempo de pobreza de práticas de honradez, verticalidade e de verdade. Num tempo de manipulação de números, de usura, de desigualdades, de corrupção moral e ética. Vivemos na periferia da cidadania crítica, nas margens da lucidez e da exigência. Numa agonia deprimente. Vivemos um tempo de (novas) escolhas. E que deveria ser, acima de tudo, um tempo de exigência. Uma (...)
  * José Matias Alves Muitos leitores já o fizeram, muitas vezes: colhem kiwis ainda relativamente verdes  (por alturas de final de Outubro) e colocam-nos  dentro de um saco de plástico. No meio dos frutos introduzem 4 ou 5 maçãs. Fecham o saco o melhor possível.  Ao fim de alguns dias, os frutos amadureceram em contacto com as maçãs e têm um maravilhoso sabor. O efeito deve-se às feromonas que têm as maçãs.   E, na esteira de Miguel Santos Guerra, também penso que (...)
  * José Matias Alves   Desde há 3 anos que a avaliação do desempenho dos docentes tem estado sempre no centro da agenda e da turbulência educativa. Porque era impossível (como tive oportunidade de dizer e demonstrar), porque era burocrática e monstruosa (também por responsabilidade das próprias escolas), porque era um instrumento de persecução de autoridades que o não sabiam ser, porque minava os modos de ser professor, porque requeria um excessivo tempo (que era roubado ao (...)
  * José Matias Alves     Vivemos um tempo difícil e complexo.  Ser professor é cada vez mais exigente num contexto em que muitos alunos não veem o sentido da escola, nem sequer as promessas que a tornariam suportável. Em que algumas (muitas?) famílias têm dificuldade em valorizar a escola por palavras e atos, arruinando assim muito do esforço desenvolvido pelos professores. E no campo especificamente laboral, muito tempo perdemos com enredos normativos e  burocráticos que (...)