Poema de Natal Vinicius de Moraes Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Um (...)
A Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Famalicão, homenageou, recentemente, o professor Ademar Ferreira dos Santos, com a apresentação do livro E ofereço-me às palavras para sobreviver com elas. Para a diretora da secundária famalicense, Fátima Cerqueira, «este projeto, concebido pela escola, pela equipa educativa da biblioteca e pelo centro de formação, conseguiu dar forma às palavras do Ademar e de todos aqueles que pretenderam demonstrar o quanto este os tinha tocado», (...)
* Millôr Fernandes (1924-2012) Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar; olhos rombóides, boca trapezóide, corpo retangular, seios esferóides. ( Leitura integral (...)
Portugal é um dos países com baixo índice de igualdade entre homens e mulheres, apesar de ultrapassar as médias europeia e mundial, revela o 'ranking' 2012 de igualdade de género da rede internacional Social Watch. Numa escala de 0 a 100 pontos, o Índice de Igualdade de Género 2012 da Social Watch mede o fosso entre homens e mulheres na educação, na participação económica e no poder político. Com uma média geral de 77 pontos, Portugal tem um baixo índice de igualdade (...)
O Correio da Educação deseja a todos os seus leitores e colaboradores um excelente ano de 2012, cheio de desafios e descobertas nesta paixão que é ensinar e aprender.
O verso alcançando o infinito
O poema nasce de um impulso,
de uma febre, da tirania de uma miragem,
da tentação sonora de uma metáfora,
do vazio que teme transformar-se em nada.
Depois é a escrita, é o trabalho da mão
sobre a matéria incandescente das sílabas.
E, quando damos por nós, é de corpo inteiro
que estamos na fragilidade do poema
como se tivéssemos ousado cavalgar numa nuvem
para desafiar todos os poderes do céu.
Quem ousará explicar este sortilégio?
(...)
Para assinalar o início das férias de Natal, deixamos aqui um divertido vídeo em português sobre como seria a Natividade com todas as tecnologias de que dispomos hoje.
Morreu, em Lisboa, David Mourão-Ferreira, poeta, e ensaísta, professor universitário. Entre as suas obras contam-se: “Os Amantes e Outros Contos”, “Um Amor Feliz” e “Entre a Sombra e o Corpo
“16 - Junho (sábado). Um pássaro canta no espaço da mata. Canta como louco na radiação do sol. […] Ninguém lhe deve prestar atenção a não ser eu. Não liga importância canta, à mesma, pela pura necessidade de existir. Um dia acabará o seu destino e deixará de cantar. Mas uma tarde de sol, hoje, comigo aqui, ocasional ouvinte, ele explicou a alegria da vida que passou por ele – já tão eterno como os deuses quando era costume existirem.” (Vergílio (...)