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Correio da Educação

Correio da Educação

29 Out, 2009

Rolhas por Quercus

Programa Green Cork na Escola II

Eu, Condómino da Terra

Por mais que se tente retalhar e dividir o Planeta, traçar mapas, rasgar fronteiras, delinear territórios e denominar proprietários de áreas delimitadas por linhas imaginárias ou geograficamente bem definidas, a verdade é que no Globo existem bens impossíveis de dividir, impossíveis de reter dentro desta ou daquela fronteira, dentro desta ou daquela parede, bens que circulam livremente pelo globo, que todos os seres humanos usam e dos quais beneficiam; são eles o ar (atmosfera), a água (hidrosfera) e a Biodiversidade. (Ver mais)

A ESE, instituição duplamente empenhada na tarefa de pensar o educativo na complexidade das suas dimensões, encontra-se particularmente atenta ao modo como uma outra educação emerge, numa altura em que grandes mudanças ocorrem no solo europeu e mundial. Estas convulsões não podem deixar de desafiar o direito consensual de uma educação e de uma cultura para todos. É neste contexto que emerge a necessidade de criação de um núcleo que possa pensar e agir num cenário em permanente mutação.

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Mudança geracional de professores

 

1. A imprensa da semana de 12 a 17 de Outubro trouxe os rankings das escolas, a partir dos resultados finais dos alunos dos ensinos, básico e secundário, no final do último ano lectivo.

Dois jornais de referência, Público e Expresso, dedicaram ao tema um suplemento, que, no caso do primeiro, chegou às cinquenta e quatro páginas. Em ambos, abundavam os artigos e opiniões sobre os mais diversos aspectos de tão complexa matéria.

 Dizia o director do Público: “Nunca nos limitámos à publicação seca dos rankings, sempre procurámos razões para o sucesso ou insucesso […]” (Público, 17 de Outubro de 2009, Ranking: 3). E continua: “recolhemos informação que possa ser útil para as escolas, os professores e as famílias.” 

 

J. Esteves Rei - Professor Catedrático de Didáctica das Línguas e de Comunicação, na UTAD, Vila Real.

 

 

Lisboa, 08/11/1992 - 06/01/1993

 

UM PROFESSOR DE EXAMES E MANUAIS - ENTRE DOIS REGIMES

 

Licenciado em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras de Lisboa, faz igualmente o curso de Ciências Pedagógicas, desta feita na Universidade de Coimbra, e depois o exame de Estado no Liceu de Pedro Nunes. Torna-se professor do ensino secundário, liceal e técnico, trabalhando no Liceu de Faro, no Liceu Normal de Lisboa (Pedro Nunes), na Escola Industrial Machado de Castro e, finalmente, no Colégio Militar. 

 

Jorge Ramos do Ó, «GAMEIRO Ottolini, RAQUEL ROQUE», in António Nóvoa (dir.), Dicionário de Educadores Portugueses, Porto, Edições Asa, 2003, pp. 891-893, com adaptações.

«Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio.

Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar,

um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural.

Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música

em estado de gravidez.»

Mia Couto (2009)  Jesusalém. Lisboa, Caminho, pp. 15-16.

 

            Os professores não nasceram para estar calados. A sua vocação não é, aparentemente, o silêncio. Vivem no seio do ruído, são especialistas em desencadear a interacção verbal, a participação… o anti-silêncio. Uma aula muito silenciosa implica sempre um ruído anterior ou um ruído posterior. Os saberes comunicam-se, negoceiam-se, trocam-se, co-constroem-se. Para tudo isto, a língua, no seu modo oral, é instrumento sine qua non.  

 

Carla Marques - Mestre em Linguística e doutoranda na mesma área; autora de várias publicações de carácter didáctico e de carácter linguístico: docente na Escola Secundária/3 de Carregal do Sal.

Poesia e educação – A primeira reflexão didáctica sobre este tema é feita por Plutarco. Naturalmente que aqui poesia entendemo-la como produção linguística desenvolvendo a função poética da linguagem, ou seja, a literatura. O simples sumário, introduzido no início do artigo, nos dá a dimensão de um programa de estudos literários clássicos, colocado ao serviço da formação do jovem, como podemos observar: “1. Leitura dos poetas na juventude – vantagens, perigos, etc.;  precauções para evitar consequências nefastas. 2. Ficção dos poetas – actos, descrições e imaginação. 3. A poesia é uma pintura. 4. Como é que aproveitamos os próprios maus exemplos; lições dadas pelos poetas; modo de interpretar estas lições. 5. Devemos atentar bem nos sentidos das expressões. 6. Duplo significado de vários termos. 7. Ainda que a poesia viva de ficções e de imagens ideais, não negligencia a verosimilhança e é esta que numa obra expande o encanto da variedade. 8. Pontos de vista para julgar os homens e as suas acções. 9. Os mesmos pontos de vista para julgar os costumes. 10. Reflexões sobre a diversidade dos espíritos e dos povos. 11. Correcção que se pode opor ao que se lê nos poetas. 12. Desenvolvimento que podemos dar aos pensamentos. Modo como o homem emprega a crítica e o louvor. 13. Paralelo entre as belas afirmações que se encontram nos poetas e as que clamam os filósofos.”

(Leitura Integral)

J. Esteves Rei - Professor Catedrático de Didáctica das Línguas e de Comunicação, na UTAD, Vila Real.

 

1. Que responderia o leitor se lhe perguntassem quando escreveu a última carta? Claro que ninguém terá a ousadia de lhe perguntar quando usou pela última vez o telefone ou o telemóvel. Correria o risco de o estar a usar no momento em que esta crónica cai debaixo dos seus olhos.

Durante cento e cinquenta anos, o grande objectivo do ensino do Português, no liceu, era dominar a língua escrita, até a um nível (quase) literário. Hoje a escrita desapareceu das práticas escolares, em qualquer grau de ensino. Como outros, sou do tempo da composição escrita semanal ou de quinze em quinze dias, na sala de aula. Não quer dizer que a oralidade aí tenha hoje melhor tratamento. A verdade é que, em termos de aprendizagem, nem a oralidade nem a escrita são tomadas a sério, metodologicamente.

 

J. Esteves Rei - Professor Catedrático de Didáctica das Línguas e de Comunicação, na UTAD, Vila Real.

O Director de Turma é um docente que tem um papel muito trabalhoso e importante na Escola e onde nem sempre lhe é dado o justo valor.

É do conhecimento de todos que o Director de Turma (DT) é aquele professor que faz a ligação entre os diferentes professores que compõem o Conselho de Turma (CT), entre estes e a Família. Para além destes dois aspectos, tem uma série de actividades burocráticas a desempenhar, uma vez que tem de iniciar a construção do Projecto Curricular de Turma, preparar as reuniões de  CT, reuniões de pais, reuniões de alunos, registar faltas dos alunos, para além da preparação das aulas de Formação Cívica e outras disciplinas que também lecciona, seleccionar e elaborar materiais para as mesmas e participar em outras reuniões relacionadas com a sua actividade docente.

 

 

Marta Oliveira Santos – Licenciatura em Filologia Românica; colaboradora de várias publicações.

 

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