Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correio da Educação

Correio da Educação

 

 

* José Matias Alves

É recorrente a ideia que emerge da investigação: as escolas têm uma identidade, um ethos que
envolve e alimenta a ação de generalidade das pessoas. A identidade é uma marca cultural
poderosa que regula de modo invisível a ação das pessoas que trabalham na escola. E é ainda
um poderoso fator de valorização, credibilidade e procura social.

A identidade de uma escola decorre de muitos detalhes: tem a ver com a forma como organiza
os espaços, com a forma como os utiliza e dinamiza; com os suportes e os conteúdos de
comunicação; com os valores que regulam o pulsar da organização e que se veem de muitos
modos; com os modos de organizar a relação entre alunos, entre professores e alunos, entre
funcionários e alunos; entre professores e encarregados de educação; com a forma de lidar
com os problemas e os erros; com a forma de olhar, analisar e trabalhar os resultados da ação
educativa; com os modos de responsabilidade que se adotam. E com os ideais e os sonhos que
são permitidos, sugeridos e acalentados.

 

 

* José Matias Alves é investigador, doutor em Educação e professor convidado da Universidade Católica Portuguesa.

 

27 Abr, 2012

Perplexidade

* Inês Silva

 

Alguns títulos de jornais, publicados recentemente, deixaram-me perplexa: “Acordo ortográfico adiado na CPLP” (Sol, 3/03/2012); “Governo admite rever Acordo Ortográfico” (RTP, 29/02/2012); “Governo vai alterar Acordo Ortográfico” (Expresso, 29/02/2012). A minha perplexidade advém do facto de não perceber por que razão os que mexem e remexem neste caldeirão, que se chama Portugal, motivados por um força egocêntrica, nunca se queimam.


O projeto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa, designado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, foi aprovado em Lisboa, no dia 12 de outubro de 1990. Foi ratificado pelo decreto do presidente da república n.º 43/91, de 23 de Agosto de 1991, e está em vigor, na ordem jurídica interna, desde 13 de maio de 2009. A resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de Janeiro, determinou a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano letivo de 2011/2012 e, a partir de 1 de janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República. Apesar da discórdia em torno das XXI Bases deste novo acordo, ninguém conseguiu travar estes passos em tempo útil.

 

 

* Doutora em Linguística (Sociolinguística). Professora Adjunta convidada na Escola Superior de Educação de Santarém. Tem realizado estudos sobre a escrita dos alunos. É autora de várias publicações de caráter didático e de caráter linguístico. Na ficção, publicou o romance: A Casa das Heras.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou uma reforma tributária, que inclui aumento de impostos a empresas e uma redução do imposto de renda das pessoas físicas, para arrecadar cerca de 700 milhões a mil milhões de dólares por ano, que serão destinados integralmente à educação.
Estes recursos procuram financiar uma reforma educacional em curso, exigida pelos estudantes, que reclamam desde o ano passado uma educação pública gratuita e de qualidade, num país cujo sistema de ensino é considerado dos mais desiguais do mundo. (AFP)

À imagem do Plano Nacional de Leitura, Portugal deverá ter um Plano Nacional de Cinema. O suplemento "Ípsilon", do jornal Público, divulgou um artigo onde várias personalidades sugerem filmes que deveriam ser de visionamento obrigatório nas escolas.

Das personalidades contactadas, aceitaram responder o ensaísta Eduardo Lourenço, o poeta e comissário do Plano Nacional de Leitura Fernando Pinto do Amaral, a atriz, realizadora e deputada independente pelo PS Inês de Medeiros, o diretor do Museu de Serralves, João Fernandes, os realizadores João Salaviza e Jorge Silva Melo, o escritor Manuel António Pina, o arquiteto Nuno Portas, o crítico e ex-diretor da Cinemateca Pedro Mexia e a professora de Literatura Rosa Maria Martelo. (Público)

A Federação Nacional dos Professores vai montar uma tribuna pública junto ao Ministério da Educação no dia 3 de Maio e mobilizar os docentes para concentrações, no dia 4, em frente às direções regionais, para contestar a revisão curricular.
A revisão da estrutura curricular, que entrará em vigor em Setembro, é para a Fenprof "uma armadilha para eliminar milhares de professores das escolas". (CM)

A associação que dinamizava a antiga escola primária do Alto da Fontinha, no Porto, foi expulsa do local pela polícia municipal, tendo os acessos à escola sido vedados e o material pedagógico destruído por funcionários da câmara.

A Escola da Fontinha era um projeto de dinamização social voluntário, que desde 2011 procurava recuperar e formar crianças de rua dos bairros sociais vizinhos. A Câmara do Porto acusa os autores do projeto de ocuparem ilegalmente a escola abandonada há 5 anos. (iOnline)

As ocorrências em contexto escolar participadas às forças de segurança aumentaram 22 por cento no ano letivo 2010/2011, em relação ao ano anterior.
Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de 2011, a PSP e a GNR receberam, no ano letivo 2010/2011, no âmbito do Programa Escola Segura, 5762 ocorrências em contexto escolar, das quais 4284 foram de natureza criminal, tendo a maioria registada no interior das escolas. (Sol)

 

 

O Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa aprovou por unanimidade a fusão com a Universidade de Lisboa, possibilitando o início de negociações com o Governo, anunciou o reitor daquela instituição.
António Cruz Serra afirmou que o processo está ainda "muito dependente do êxito das negociações com o Governo", nas quais a Técnica e a Clássica procurarão um "estatuto de autonomia reforçado" para a nova universidade resultante da fusão, apostando na reorganização de cursos e no aumento de estudantes. (iOnline)



 

Mais um tribunal, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, voltou a considerar improcedentes as alegações apresentadas pelo Ministério da Educação e Ciência, que tem defendido que a indemnização por caducidade do contrato a termo certo não se aplica aos professores do ensino básico e secundário.
Em Novembro passado, o provedor de Justiça fez uma recomendação formal ao MEC no sentido de que este proceda ao pagamento das indemnizações aos docentes contratados, insistindo que a interpretação da lei feita pelo ministério “subverte a intenção do legislador” e conduz “a uma total desproteção do trabalhador”. (Público)

Pág. 1/2