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Correio da Educação

Correio da Educação

 

Poema de Natal
Vinicius de Moraes


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

O Ministério da Educação e Ciência já enviou para publicação em Diário da República uma portaria que altera as novas regras fixadas em Agosto passado para os alunos do ensino artístico especializado que pretendam prosseguir estudos no superior, indicou o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho.
Grancho indicou que para o cálculo da média de ingresso no ensino superior voltarão a ser tidos em conta os resultados obtidos na Prova de Aptidão Artística e na Formação em Contexto de Trabalho. (Público)

12 Dez, 2012

O Mundo na Escola

«O Mundo na Escola» é um programa dinamizado pelo Ministério da Educação e Ciência dedicado a diversas temáticas que, numa primeira etapa, incidirá sobre Ciência e Tecnologia, partindo-se depois para outras áreas, das artes à literatura. O objetivo é proporcionar uma oportunidade para que os alunos tenham contacto com os profissionais da área abordada, rentabilizar bons projetos já em curso e valorizar a experiência de quem no terreno tem desenvolvido as melhores práticas.

 

 

Para além do concurso «Saber porquê», também está programada a itinerância de exposições e «Grandes Aulas», que levarão cientistas nacionais ao contexto escolar. Mais do que uma palestra, as «Grandes Aulas» são eventos que decorrem na escola, despertando a curiosidade dos alunos para temas da ciência, de forma dinâmica e envolvente e promovendo a observação e experimentação. (TVI24)

«(...) O debate atual está marcado pela preocupação de reduzir a despesa pública mas distante do problema da qualificação dos portugueses. Podemos até duvidar que os objetivos a que se referem os quatro indicadores apresentados façam ainda parte da agenda política. Podemos perguntar-nos porque não se debate como é que, com os atuais problemas financeiros, vamos conseguir concretizar a escolaridade obrigatória de 18 anos ou como vamos renovar as oportunidades de formação para os adultos.

Os dois tópicos que dominam o debate público são os da transferência da prestação do serviço público para instituições privadas e da transferência de parte da despesa de educação para as famílias. Os argumentos usados sublinham que a despesa é muito elevada, sobretudo na escola pública, e que esta poderia ser reduzida com a gestão privada das escolas ou com o aumento da participação financeira das famílias. O que mais surpreende nesta discussão é a forma como são ignorados os factos, a informação disponível, o conhecimento sobre os problemas e a experiência doutros países. Mas surpreende também a ausência de discurso político sobre os grandes objetivos estratégicos da educação e a forma de os atingir na atual situação de crise económica e financeira.(...)» (Público)

 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que vai apresentar «até fevereiro» medidas que visam cortar quatro mil milhões de euros na despesa. Na Educação reafirmou que irá «explorar margens» para «o financiamento entre cidadãos e Estado», apesar de lembrar que já existe um "esforço" das famílias no pagamento do material escolar (cerca de 50 euros por aluno) "não coberto pela ação social". (CM)

A PROSOFOS, Associação para a Promoção da Filosofia, organiza as Olimpíadas Nacionais de Filosofia, que terão lugar na Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, em Santarém, nos dias 5 e 6 de abril de 2013, cujo(s) vencedor(es) deverá(ão) representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Filosofia, a realizar em Odense, Dinamarca, entre 16 e 19 de maio de 2013.

As inscrições para esta iniciativa estão abertas até 11 de janeiro de 2013.

Para leitura do regulamento, bem como de informações suplementares e inscrições, consulte https://sites.google.com/site/prosofos/

Um geneticista da Universidade de Stanford, nos EUA, refere que o ser humano passou por mutações genéticas que resultaram na perda de capacidade intelectual ao longo dos milénios. Segundo Gerald Cabtree, o cérebro humano precisa de milhares de genes para ser formado e simples alterações podem causar grandes problemas no processo de assimilação de conhecimento.
O cientista que lidera um laboratório de genética salientou num estudo – intitulado «O nosso frágil intelecto», publicado na «Trends in Genetics» – que a inteligência humana atingiu seu ápice há milhares de anos, e tem diminuído desde então, porque a vida tem sido simplificado ao longo dos anos. (Ciência Hoje)

O montante das verbas destinadas às escolas básicas inseridas nos chamados territórios educativos de intervenção prioritária vai quadruplicar já este ano letivo.
A Autoridade de Gestão do Programa Operacional do Potencial Humano indicou que as escolas TEIP vão contar com 180 milhões de euros durante os anos letivos de 2012/2013 e 2013/2014. Em 2010/2011, o orçamento deste programa ficou-se nos 40 milhões de euros.
Este projeto, lançado em 1997, conta atualmente com 104 agrupamentos, a que se irão juntar agora outros 33 na sequência da abertura do 3.º programa TEIP em setembro passado. (Público)

05 Dez, 2012

E depois do adeus?

 

* Teresa Martinho Marques

Sim, eu sei. Tempos difíceis.


Mas não poderemos virar costas a perguntas e a reflexões que são importantes, mesmo que não pareçam prioritárias.


Os Magalhães ― que nas mãos certas, nas escolas certas, com os professores certos, em projetos nacionais e internacionais e iniciativas louváveis/formação por parte da Equipa de Recursos Tecnológicos Educativos e respetivos Centros de Competência TIC espalhados pelo país, têm sido fonte de muita inovação de práticas em contexto de sala de aula ― vão desaparecer. Chegará o dia em que os últimos alunos que os têm ainda na sua posse os levarão consigo e não regressarão. Vai ser já no final do próximo ano letivo que o adeus definitivo acontecerá. O adeus gradual já está a acontecer: os alunos de 1.º e 2.º ano vivem sem eles em muitas escolas que também não tinham/têm equipamento próprio em quantidade e qualidade suficientes para permitir um trabalho regular, eficaz, mais individualizado e consistente no 1.º ciclo e pré-escolar (não esqueçamos que estão em vigor há dois anos metas TIC transversais a todos os ciclos de ensino, incluindo o pré-escolar, e que os computadores não são um luxo, mas uma ferramenta do currículo nacional).

 

 

* EB 2,3 de Azeitão e CCTIC – ESE/IPS: http://projectos.ese.ips.pt/cctic/ e http://eduscratch.dgidc.min-edu.pt/    

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