Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correio da Educação

Correio da Educação

“Não há uma espécie de oferta de brindes para as pessoas virem para as Novas Oportunidades”


Público, online, 23.10.2010 - 08:50 Por Bárbara Wong

 

Foi a Agência Nacional para a Qualificação que denunciou o caso das vendas de trabalhos para os alunos das Novas Oportunidades na Internet. O seu diretor quer que os adultos saiam com as competências todas.

 

Luis Capucha foi operário, trabalhador-estudante e é hoje professor universitário (Carlos Lopes (arquivo))

 

 

 

Jean-François Pradeau

 

Editora: Dom Quixote

Ano da Edição: 2010

 

Sinopse

 

Se a história da Filosofia produziu algumas obras monumentais durante o século passado, raras foram as obras sintéticas, acessíveis aos neófitos e aos iniciados, expondo num único volume mais de dois milénios de debates e de revoluções intelectuais. É esse o desafio da presente História da Filosofia, redigida na totalidade por especialistas de várias nacionalidades, que oferece uma apresentação sólida e didática do conjunto da tradição ocidental, das suas origens até à atualidade. O leitor é guiado através do pensamento e das obras dos principais filósofos, desde os primeiros pensadores da Grécia Antiga até aos autores que actualmente refletem sobre o nosso conhecimento da natureza, as novas tecnologias ou o governo da cidade. Por outro lado, acede ao essencial dos grandes debates culturais, religiosos, científicos e políticos sobre os quais os filósofos tomaram partido; debates esses no seio dos quais a Filosofia se constituiu, se renovou e não cessa de prosseguir o seu questionamento.

- Que fizeste hoje na casa das tabuinhas [a escola], meu filho? – Perguntava o mercador fenício, de regresso a casa, após os negócios, em longínquas paragens. E pela resposta, media os ensinamentos do Mestre na formação do futuro mercador.

 

Na Sicília, depois da deslocação de grandes massas de populações, ao regressarem ao local de origem, cada cidadão devia provar, perante a nova autoridade, que dado pedaço de terra lhe pertencia. Para isso, tinha apenas o discurso retórico, persuasivo e convincente. Então, os mais eficientes na argumentação, tornados mestres, iniciavam os menos dotados na aprendizagem do sucesso discursivo. Assim nasceu a escola.

 

 

J. Esteves Rei - Professor Catedrático de Didáctica das Línguas e de Comunicação, na UTAD, Vila Real

28 Out, 2010

Otimismo

*Inês Silva

 

Otimismo é uma palavra pouco audível nos dias que correm. A tendência é a de se dizerem, quase ininterruptamente, palavras de outra ordem, como “crise”, “dívida”, “desemprego”, “dificuldade”, “sacrifício”, “austeridade”, “boys”, “corrupção”, “falência”, “corte”, “custos”, “queda”, “incompetência”,”fragilidade” – nomes que, nos contextos em que são ditos, só podem semanticamente contribuir para caracterizar de “infeliz” o país em que vivemos. E não são apenas proferidos em conversas de circunstância, aquelas que preenchem os espaços sociais nos locais públicos e privados, quando encontramos algum amigo ou algum conhecido e perguntamos “Como vai?”/ “E a família?”, e onde, por vezes, ainda introduzimos um comentário, como “Choveu imenso nos últimos dias!”, finalizando com um espécie de refrão de cantiga de escárnio e maldizer dos tempos de agora: “É a crise!”. Os tais nomes depreciativos também têm sido utilizados “à boca cheia” por várias personalidades públicas, jornalista e políticos, quer na imprensa quer na televisão, em todos os canais, em todos os debates e em todos os noticiários. Ou seja, estão a dominar lexicalmente a comunicação pública e privada do momento.

 

 

 

*Inês Silva - Doutora em Linguística (Sociolinguística). Professora Adjunta Convidada na Escola Superior de Educação de Santarém. Tem realizado estudos sobre a escrita dos alunos. É autora de várias publicações de caráter didático e de caráter linguístico. Na ficção, publicou o romance: A Casa das Heras.

Escritora e pedagoga, divulgadora de literatura para crianças, editora, propagandista republicana e principal dirigente e ideóloga do movimento feminista em Portugal nas duas primeiras décadas deste século, Ana de Castro Osório é filha do conservador do registo predial, e depois juiz, João Baptista de Castro e de Mariana Osório de Castro Cabral de Albuquerque. Pertencendo a uma família de juristas e oriunda de um meio socioeconómico onde raramente as mulheres trabalhavam, até porque "era uma ofensa aos costumes e preconceitos" (Beirão, 1935), mas usufruindo de um ambiente cultural privilegiado, Ana de Castro Osório torna-se, desde muito cedo, numa figura interveniente e de grande prestígio, dividindo a sua atividade entre a literatura e a participação pedagógica, cívica e política, convivendo com os principais dirigentes republicanos e a generalidade dos escritores seus contemporâneos.

Leitura Integral

 

«OSÓRIO, Ana de Castro», João Esteves, in António Nóvoa, Dicionário de Educadores Portugueses, Porto, Edições Asa, 2003: 1019 - 1026, com adaptações.

1. Hoje fala-se em cotas, na participação política das mulheres. O século XX viu-as sentarem-se ao lado dos homens, nas mais diversas atividades sociais. Todavia, mesmo atingindo um nível considerável de sucesso, a verdade é que, nos tempos modernos e em termos políticos, a mulher nunca ombreou com o homem.

Desde o século V a.C. que as razões disso eram conhecidas: “uma porque tem de apaparicar o marido, outra porque tem de acordar o criado, outra porque tem de meter o filho na cama, outra porque tem de lhe dar banho ou de lhe meter a papa na boca…” (Aristófanes, Lisístrata, Círculo de Leitores, 1985: 12).

 

A Lua tem água, muita água escondida nas suas crateras mais escuras, onde a luz do Sol nunca chega, suficiente para sustentar uma colónia humana – se alguma vez ela existir. Mas tem elementos químicos inesperados – como prata, dizem os cientistas que analisaram os resultados da missão LCROSS. (Público)

Pág. 1/3