* Teresa Martinho Marques
(Algumas histórias contadas, com muitos sorrisos, pelos professores que frequentaram a Oficina de Formação – Scratch e Matemática – 1.º Ciclo e Pré-escolar do CCTIC-ESE/IPS - e se atreveram a aventuras especiais com os seus alunos, mesmo depois de um tempo relativamente curto de aprendizagem da ferramenta Scratch).
... Eles são tão bebés no falar (quatro/cinco anos), mas nos nomes dos dinossauros acertam sempre e sem nenhuma falha de dicção... Pusemos o Apatossauro a andar de um lado do ecrã para o outro utilizando o “desliza num segundo, para determinados pontos x e y”, e um dos alunos diz logo: “O Apatossauro não anda tão depressa. Eles andavam muito devagarinho!”. Ora, por defeito, o comando de programação “desliza” tem 1 segundo de tempo marcado... Perguntei-lhe: “Já viste ali o número 1(segundo) do tempo que ele anda... Se queres mais devagar o que devemos fazer?” A resposta pronta: “Professora tem de ser um número maior de segundos!”... (a física intuída aos cinco anos – relação espaço/tempo = velocidade)... “E tu conheces um número maior que um?”... “Sim!... o seis!”. Descobriu o seis no teclado e experimentou... “E agora?”... “Oh... ainda não dá... está médio”! “Hummm... então que fazemos agora?”… “Pomos outro maior!”... “E conheces mais algum?”... “Sei o oito!”... Experimentou e... “Está quase, mas tinha de ser mais!”... é que ele ainda não conhece números maiores do que oito. Então agarrei nas mãozinhas dele, levantei-as, abriu os dedinhos e eu recordei o número dez! Ele escreveu esse número, com a minha ajuda e ficou feliz com o resultado. “Agora é que está mesmo bem! Com o dez – dedos no ar – é que fica bem!”.