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Correio da Educação

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* Carla Marques



A língua já existia antes de cada um de nós e, contudo, sentimo-la nossa. A escrita passou por inúmeras fases, que muitos desconhecem, e foi construída por homens cuja identidade e crenças se perderam na memória. Homens atrás de homens, escritos atrás de escritos, séculos após séculos legaram-nos uma herança que sabemos de todos, que sabemos existir para além de nós, antes e depois, mas que queremos nossa. Não gostamos que nos alterem a ordem das almofadas da sala ou dos livros da biblioteca, porque é a nossa ordem, porque são os nossos objetos. E porque a língua é nossa, de cada um de nós, não gostamos que mexam na nossa língua.


As reações afetivas à mudança que introduz o novo acordo ortográfico têm sido muitas e diversificadas, mas todas passam pela relação umbilical que estabelecemos com a língua na qual nos criamos e através da qual aprendemos a pensar e a exprimir os nossos pensamentos.

 

 

 

 

* Doutora em Linguística (na área da argumentação oral); investigadora do CELGA (Centro do Linguística Geral e Aplicada, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra); autora de várias publicações de caráter didático e de caráter linguístico; docente no Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal.

Os professores de Tecnologias de Informação e Comunicação defenderam, no Parlamento, que a sua disciplina devia ser lecionada no início de cada ciclo, ou seja, no 5.º, 7.º e 10º anos. Durante uma audiência na Comissão de Educação, os representantes da Associação Nacional de Professores de Informática manifestaram receio pelos postos de trabalho docente, por ainda não se saber o que vai acontecer à disciplina. (Ciência Hoje)